Foi lançada na segunda-feira, 24, uma campanha nacional pela manutenção do orçamento da Universidade Aberta do Brasil (UAB), projeto do governo federal formado por um consórcio de universidades públicas federais e estaduais, além dos institutos federais de educação, para graduação e pós-graduação a distância, principalmente na formação de professores que atendem à educação básica .
Segundo os coordenadores regionais, professores, tutores, alunos e outros profissionais ligados ao projeto, o contingenciamento de verbas operado na UAB está inviabilizando a continuidade de alguns cursos. Alguns núcleos regionais do projeto, como o da Universidade Estadual do Ceará, queixam-se do corte de 85% no custeio da plataforma utilizada pela UAB.
Com o mote "O Sistema UAB não pode parar", a campanha nacional em favor da manutenção do orçamento vai divulgar os números superlativos do projeto, como o alcance de 700 municípios e de 170 mil alunos, em cursos gratuitos. No Brasil, o déficit de professores só nas áreas de química, física, matemática e biologia, por exemplo, é de mais de cem mil professores.
A professora Maria Aparecida Knuppel, que participa da presidência do Fórum dos Coordenadores da Universidade Aberta, afirmou à EBC que não se sabe exatamente qual é o tamanho do contingenciamento. "Efetivamente nós não temos nenhum documento que diga qual é o valor desse corte. Individualmente cada universidade tem sentido esse corte nas suas ações. O corte é em torno de 75% no orçamento do custeio das universidades em relação à educação a distância. E nós temos aí um contingenciamento de bolsas também dentro do sistema para que a gente consiga efetivar as ações que a gente tem até dezembro", disse ela.
A petição pública que coletará assinaturas pode ser vista aqui. A expectativo é coletar pelo menos 500 mil assinaturas.